Vasco da Gama, a tua fama assim se fez!


No dia 21 de agosto de 1898, sessenta e dois idealistas, em sua maioria portugueses, reuniram-se no salão do sobrado da rua da Saúde, n.º 293, atual rua Sacadura Cabral, n.º 345, decididos a fundar um clube destinado à prática do remo. Inspirados nas celebrações do IV Centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para as Índias, os fundadores batizaram a nova agremiação com o nome do heroico português que alcançara tal feito. Nascia, assim, a grandiosa trajetória do Club de Regatas Vasco da Gama.


Filiado à União de Regatas, o Vasco estreou em competições oficiais no dia 4 de junho de 1899, na enseada de Botafogo. Apresentando-se com uniforme negro, com faixa diagonal branca e a cruz-de-malta no centro, os remadores vascaínos conseguiram a primeira vitória do clube em uma competição esportiva. Foi justamente no 1º páreo, na categoria júnior, com a baleeira "Volúvel", conduzida a seis remos.



1913 - Fundação de clubes de futebol pela colônia portuguesa no Rio

Em 1913, um combinado de clubes de futebol de Lisboa excursionou no Rio, a convite do Botafogo F.C.. A presença da primeira equipe lusitana na cidade despertou o interesse da colônia portuguesa, até então alheia ao futebol. Com isso, outros clubes foram fundados, como o Luzitânia F.C., o Centro Português de Desportos, o Luso S.C. e, mais tarde, de uma cisão no Luzitânia,  o Luzitano S.C.

1915 - Criação do departamento de futebol

Após remadas de sucesso, o Vasco, por sua grandeza, sentiu necessidade de cravar a bandeira cruzmaltina em outras modalidades esportivas. Por conta desse desejo de expansão, surgiu, então, o interesse em formar um time de futebol. No dia 26 de novembro de 1915, os vascaínos resolveram se fundir ao Luzitânia SC, clube dedicado ao futebol e que, até então, somente admitia portugueses em seus quadros. Após a fusão, o Vasco da Gama filiou-se à Liga Metropolitana para participar da temporada de 1916. Ao dar os seus primeiros passos.

1922 - Primeiro título no futebol




Em 1922, o Vasco, já na Série B da primeira divisão da Liga Metropolitana, sagrou-se campeão e conquistou o direito de disputar a promoção à Série A numa partida extra contra o último colocado da Série A, o São Cristóvão. O resultado de 0 a 0 garantiu ao Vasco a participação na elite do futebol carioca no ano seguinte.

1927 - Inauguração de São Januário, o maior estádio da América do Sul


Inaugurado no dia 21 de abril de 1927, sua construção foi a resposta que os grandes clubes da época receberam, ao tentarem barrar a ascensão do time de negros e brancos pobres que, com o campeonato de 1923, havia conquistado o direito de figurar na elite do futebol carioca. A alegação de que o Vasco não tinha campo para receber seus adversários se desfez, quando o presidente Washington Luiz e sua comitiva viram-se diante do então maior estádio da América do Sul.
1934 - Leônidas da Silva joga no Vasco, e é campeão carioca

Em 1934, o Vasco contratou Leônidas da Silva. 



O "Homem de Borracha", apelido que recebeu por sua flexibilidade em campo, após retornar ao Brasil depois de um período no Peñarol (URU). No ano em que vestiu a camisa cruzmaltina, Leônidas foi campeão carioca. Logo após a conquista, foi convocado para a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1934. Com isso, Leônidas teve que se desligar como profissional do clube, uma vez que a CBD só aceitava "amadores". Dessa forma, encerrou-se a curta trajetória do famoso craque na Colina.
1945 e 1947 - Expresso da Vitória - 1º título profissional invicto e maior goleada




Em 1945 o Vasco conquistou o Estadual de forma invicta. 

Por conta de realizar uma campanha impecável, o time da colina amedrontava qualquer adversário. A campanha invicta do Vasco foi de 13 vitórias, 5 empates, 58 gols pró e 15 gols contra, em 18 jogos. Em 1947, o Vasco foi campeão invicto novamente, a exemplo de 1945, contando com resultados como 14 a 1 diante do Canto do Rio (maior goleada em São Januario). Com Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico, os vascaínos balançaram as redes 68 vezes em 20 jogos.

1950 - O Vasco é base da Seleção Brasileira na Copa do Mundo

A base convocada para representar o Brasil na Copa do Mundo era do poderoso "Expresso da Vitória". O goleiro Barbosa, o zagueiro Augusto, os médios Eli e Danilo, além dos eficientes atacantes, Alfredo II, Maneca, Ademir e Chico, formavam a base do grupo dirigido por Flavio Costa, também técnico do Vasco. Para afirmar ainda mais a marca do Gigante da Colina na seleção, até o massagista Mário Américo pertencia ao clube. Ao final do torneio, em que o Brasil conquistou a segunda posição, o cruzmaltino Ademir Menezes sagrou-se artilheiro da Copa, com nove gols.

1957 - Pelé veste a camisa do Vasco


Se o mundo teria ou não conhecido Pelé, caso o Vasco se fechasse aos negros, nunca será possível saber.  Em 1957, o Rei Pelé jogou pelo Vasco, enquanto o time principal excursionava pela Europa. Isso aconteceu no Torneio do Morumbi, com partidas realizadas no Maracanã. Flamengo, Belenenses (POR) e Dínamo (IUG) participaram da competição. O esquadrão que se vê na imagem é um combinado entre o clube de São Januário e o Santos, onde um menino de 16 anos despontava com rara habilidade. 

1965 - Campeão da 1ª taça Guanabara


Em 1965 o Vasco decidiu a primeira edição da Taça Guanabara com o Botafogo. Naquele tempo o campeão da taça seria o representante estadual na Taça Brasil. Apesar de ser apontado como favorito naquela decisão, os botafoguenses, comandados por Garrincha, não resistiram ao grupo vascaíno. Resultado final foi de 2 a 0 para o Gigante da Colina, com gols de Oldair e Paulistinha (contra). O time cruzmaltino que foi a campo com: Gainete; Joel, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O Vasco.

1967 - Garrincha joga no Vasco


O melhor ponta-direita do mundo também já jogou no Vasco. Em 1967 Mané Garrincha vestiu a camisa cruzmaltina. Disputou apenas uma partida contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ). O jogador deixou sua marca nesse jogo, marcando um gol de falta para os vascaínos, mesmo jogando no sacrifício. O placar final do jogo foi 6 a 1 para o Vasco.Em função dessa mesma lesão que o assolou na partida amistosa, o craque não voltou mais a atuar pelo clube da Colina.

1971 - Dinamite estréia nos profissionais e faz seu primeiro gol


Em 1971 surgia para a história do Vasco, e para todo o mundo, um grande goleador. No dia 25 de novembro, no Maracanã, diante da equipe do Internacional, Carlos Roberto de Oliveira fazia sua estréia como jogador profissional.Pelo Campeonato Brasileiro, o Vasco vencia o Internacional por 1 x 0. O técnico cruzmaltino, Admildo Chirol, decide sacar Gílson Nunes para a entrada do jovem Roberto, de 17 anos. Na primeira bola que recebe, Roberto, recém-promovido dos juvenis, passa por quatro marcadores e faz um golaço, fechando o caixão.

1972 - Tostão joga no Vasco


Em 1972 mais um craque vinha para São Januário: Tostão. A contratação do jogador tri-campeão mundial deu mais valor ainda ao elenco cruzmaltino, porém a trajetória do atleta não foi longa na Colina. No ano seguinte o jogador voltou a ter problemas na vista que o tirou da Copa de 70, e acabou encerrando a carreira de forma prematura aos 27 anos.

1974 - Vasco é o primeiro clube carioca que se sagra campeão brasileiro


Com um público de 112.933 pessoas no Maracanã o Vasco foi o primeiro time carioca a ser campeão brasileiro. No dia primeiro de agosto de 1974, o Gigante da Colina bateu o Cruzeiro dos craques Nelinho e Piazza por 2 a 1. Gols de Ademir e Jorginho Carvoeiro. Nessa partida histórica o grupo cruzmaltino contava com: Andrada, Fidelis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos. O técnico era Mário Travaglini.

1985 - Romário nos profissionais


No ano de 1985, Romário estreou pelo Vasco da Gama como jogador profissional. Formado nas categorias de base do clube, o baixinho tinha faro de gol e no time principal passou a formar uma dupla de ataque fatal com Roberto Dinamite. Nos anos de 86 e 87 os dois estiveram presentes na lista de artilheiros.

1989 - Vasco é Bicampeão Brasileiro


Em 1989 o Vasco tornou-se bicampeão brasileiro com uma vitória diante do São Paulo, por 1 a 0. Através de uma cabeçada do atacante Sorato, o Gigante da Colina levou o caneco em pleno Morumbi.

1992, 1993 e 1994 - Tri-estadual inédito

Em pé: Gato (roupeiro), Ricardo Rocha, Carlos Germano, Alexandre Torres, Pimentel, França e Cássio. // Agachados: Pai Santana (massagista), Valdir, Leandro Ávila, William, Yan e Jardel.

Em pé: Gato (roupeiro), Ricardo Rocha, Carlos Germano, Alexandre Torres, Pimentel, França e Cássio. // Agachados: Pai Santana (massagista), Valdir, Leandro Ávila, William, Yan e Jardel.

O Vasco conquistou o tricampeonato estadual vencendo as competições de 1992/93/94. Na primeira conquista o Gigante da Colina terminou o torneio de forma invicta, não dando chance aos adversários. No ano seguinte, com o time muito desfalcado, os vascaínos chegaram ao título em um empate sem gols na partida final. Em 94 o Vasco permaneceu invicto até quatro partidas antes da decisão. Partida essa vencida pelo Flamengo, com muitas polêmicas e confusões por parte da arbitragem. Contudo, nada disso tirou o brilho do tricampeonato.

1997 - Gigante da Colina é tricampeão brasileiro; Edmundo bate recordes

Em 1997 o Vasco alcança o tricampeonato brasileiro. O time dirigido por Antônio Lopes não possuía favoritismo mas ao longo do campeonato foi mostrando que suas peças importantes iriam fazer a diferença. Mauro Galvão, Odvan, Felipe, Juninho e Ramon foram atletas fundamentais para uma espinha dorsal que formava o Gigante da Colina. Além, claro, da dupla de ataque infernal, formada por Evair e Edmundo que nessa temporada o mesmo fez com que Vasco tivesse o maior artilheiro.

2011 - Copa do Brasil chega e acaba o jejum

Foi sofrido, mas depois de uma espera de dez anos sem um título nacional, o Vasco conquista de forma inédita a Copa do Brasil, em duas partidas, entre as mais emocionantes de toda a história do torneio e retorna triunfalmente à Libertadores. Na casa do adversário, em um Couto Pereira lotado, os comandados de Ricardo Gomes foram valentes, seguraram a inferioridade numérica de apenas um gol no placar, contra o Coritiba (3 a 2), após ter vencido em São Januário (1 a 0), e garantiram mais uma taça para rica sala de troféus de São Januário.

O campeão Voltou 2015