Depois de um primeiro semestre sofrível e ouvindo críticas de sua própria torcida, aquele esquadrão vermelho e branco decidiu mostrar para tudo e todos que ainda tinha um último lampejo de brilho naquela década prestes a terminar. Muitos diziam que o time bicampeão brasileiro em 1975 e 1976 não existia mais.
O temido Internacional era apenas mais um no futebol brasileiro. Mas, com o andamento do Campeonato de 1979, aqueles ditos caíram por terra. E por diversos gramados do país. Os jogadores que vestiam o manto colorado não tinham adversários e não se intimidavam com estádio rival lotado. Aquele Inter tinha craques pontuais em cada setor do campo. E aquele Inter não sabia perder. Em 1979, o Brasil viu pela primeira (e até hoje única) vez um time vencer o principal torneio de clubes do país de maneira invicta e irrepreensível.
Aquele Internacional era pura melodia. E fazia o futebol parecer um esporte simples de se jogar quando a bola passava pelos pés de um jovem austero chamado Mauro Galvão, por um meio-campista incansável de nome Batista, pelos habilidosos e artísticos Jair e Mário Sérgio e, claro, por um jogador completo, puro-sangue, e com a alma da mais nobre imortalidade:
Falcão, o Rei do Beira-Rio e eterno ídolo dos colorados. No banco de reservas, um técnico astuto, inteligentíssimo e mestre em mudar a concepção de um time comandou com pleno talento tudo aquilo: Ênio Andrade, um dos melhores treinadores da história do futebol brasileiro. Uma pena que aquele Inter não tenha faturado a América, em 1980, na final contra o Nacional-URU. Mas a façanha inigualável já havia sido concretizada.
Grandes feitos: Campeão Invicto do Campeonato Brasileiro (1979) e Vice-campeão da Copa Libertadores da América (1980). Foi o primeiro (e até hoje único) clube a conquistar o principal torneio do Brasil sem perder um jogo sequer.
Time base: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Jair e Falcão; Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade.
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