FUNDAÇÃO
Doze de outubro de 1909. Esta é a data da fundação do Coritiba Foot Ball Club. Depois da vinda de Frederico Essenfelder, o Fritz, de Pelotas (RS) para Curitiba, um grupo de jovens imigrantes germânicos se reunia para a prática de futebol. E, paralelamente, notícias chegavam dizendo que, em Ponta Grossa, o Club de Foot Ball Tiro Pontagrossense já praticava o esporte fazia alguns meses. Foi então que, em 12 de outubro daquele ano, chegou o primeiro convite para um jogo na cidade do interior do Paraná.
No Clube Ginástico Teuto Brasileiro, o “Turnverein”, local onde os curitibanos se reuniam para praticar esportes, a nova modalidade esportiva não foi vista com bons olhos por todos. Foi então que surgiu a ideia da fundação de um novo clube de futebol.
Assim, no dia 30 de janeiro de 1910, foi fundado oficialmente o Coritibano Foot Ball Club, nome que depois mudou para Coritiba. Mas por ideia de João Viana Seiler, eleito o primeiro presidente do Clube, a data oficial de fundação passaria a ser 12 de outubro de 1909. Por ter sido naquele dia oficializado o convite para a realização da primeira partida.
Após encontrar um lugar para a prática do esporte, no antigo Jockey Club, onde hoje é a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o grupo retribuiu o convite dos pontagrossensses para um jogo em Curitiba. A nova sede do Coxa vivia lotada e somente no dia 12 de junho de 1910 a capital estadual assistia ao primeiro jogo de futebol, comemorado com uma festa que durou três dias. O resultado foi a vitória por 5x3 do Coritiba.
A tradição coxa-branca é muito maior que qualquer escolha, é cada dia de vida do clube e sua torcida. Tradição de lembranças, recordações de avós, pais e filhos nas arquibancadas, cadeiras e escadas do Couto Pereira; são gerações que passam ensinando a ser grande torcendo pelo Coritiba Foot Ball Club. Um singelo e grandioso sentimento.
Tradição coxa-branca é o sangue daqueles descendentes germânicos. É o retrato do sonho de italianos, poloneses, japoneses e africanos; deste povo curitibano com suas manias e peculiaridades. É parte do Brasil, o país do futebol; é parte do mundo.
Tradição coritibana é o reconhecimento nacional, internacional; o reconhecimento do estado e sua capital. O reconhecimento que torcer por este clube, nossas raízes, nosso sangue, nossa família é maior que qualquer coisa.
O sentimento pelo Coritiba é algo difícil de explicar pelo mais apaixonado dos coxas-brancas. É difícil lembrar-se de onde surgiu o primeiro contato. Quando nos damos conta, já carregamos em nosso peito aquele escudo, repleto de história, alegrias e conquistas de milhares de pessoas que contribuíram para o crescimento do Coritiba.
A deriva do sentimento e do coração, o coxa-branca ostenta no escudo do Coritiba o valor ao amado clube. O globo simbólico precisa ser bem cuidado, com dedicação e carinho por quem o estiver ostentando. É quando ele está imponente em nosso peito que temos orgulho e nos sentimos verdadeiros coxas-brancas. A tradição coritibana é esta; a busca constante de palavras para expressar um amor incontido e sem explicações. Tradição é ser coxa-branca, com muito orgulho, com muito amor

Os insultos têm um destino: o craque alemãoHans Egon Breyer (foto), zagueiro da equipe coritibana. Os gritos acabam servindo de estímulo à equipe alviverde, que vence por 3×1. Na partida final disputada dia 26 de outubro, outra vitória, agora por 1×0.
O título é muito comemorado e o termo "Coxa-Branca", com o tempo, vira sinônimo da torcida coritibana.
Atualmente, em todo o país a equipe do Coritiba é carinhosamente conhecida como Coxa. Inclusive, na arquibancada o grito irrestrito de "Coxa" contagia multidões. Como um mantra, é uma das armas do Clube contra os seus adversários. Esse grito, que começa mas não tem hora para acabar, é capaz de mudar uma partida, de fazer um gol, faz parte da alma e da personalidade do Coritiba.
Desde sua fundação, o Coritiba é um Clube de todas as pessoas e povos. Seus fundadores deixaram de participar do Clube Ginástico Teuto Brasileiro justamente por discordar de interesses dos líderes da instituição, que discriminavam a prática do futebol, um esporte de classe social baixa.
Ainda na década de 10 é possível ver, em algumas fotos, jogadores negros no elenco coritibano. Como o futebol e a sociedade da época estavam longe do profissionalismo e da evolução tecnológica atual, o Clube não tem um registro com o nome desses atletas, que se prendem a fotografias antigas em preto e branco.
E se foram os descendentes germânicos que iniciaram a nossa instituição, foi com a força e união de pessoas dos mais diversificados lugares e miscigenações que o Coritiba foi construído. O presidente Antônio Couto Pereira, que assumiu o Coxa em 1926 e era nordestino, foi um dos grandes responsáveis por dar seqüência a essa mistura de pessoas que ajudaram a fazer do Coritiba, anos mais tarde, um Clube do povo.
Em 1932 o Verdão inaugurou o seu estádio. Como na época os grandes ícones da história do Clube ainda estavam vivos, o Alviverde deu o nome do estádio a Belfort Duarte. Além de um atleta exemplar, uma das pessoas que abriu as portas do futebol carioca e nacional aos negros. Ser coxa-branca é uma identidade única, que vai além de divisões sociais, políticas ou religiosas. Ser coxa-branca é ter orgulho e amor pela camisa que une pessoas de todos os costumes e lugares.
Em 1909, ano de fundação do Coxa, a grafia da cidade era feita de duas maneiras: Coritiba, grafia européia, e Curityba, grafia tupi-guarani. Ambas estavam corretas e eram usadas em livros quando se referiam a cidade.
Tempos depois a capital paranaense passou a ter apenas uma grafia: Curitiba. Mas o Clube preferiu ficar com o nome tradicional.
Nome Completo: Alexsandro de Souza
Nascimento: Curitiba (PR), 14/09/1977
Posição: Meia-esquerda
Jogou de: 1995 a 1997; 2013
Títulos: Paranaense (2013)
Quem é: Para a torcida que o viu jogar, é considerado a maior revelação de todos os tempos, das que saíram do Coritiba. Jogador de uma técnica extraordinária, de uma estirpe de jogadores como Ademir da Guia, Didi, Zizinho, Gerson e Rivelino, e de um requinte sem igual, só comum aos bem dotados pelos deuses do futebol. Do Coritiba foi para o Palmeiras e para o Cruzeiro, onde viveu momentos brilhantes, também com rápida passagem pelo Flamengo e pelo Parma, até se transferir para o Fenerbahçe, da Turquia, onde fez a promessa de cumprir seus cinco anos de contrato e voltar para encerrar sua carreira no Coritiba.
Clube mais tradicional do Paraná não poderia ter mascote diferente. Quando um grupo de jovens de tradição alemã dava os primeiros “chutes”, em 1909, originou-se o Coritiba. Hoje, é na figura de um velhinho de traços germânicos que a família coritibana representa o Clube: o nosso Vovô Coxa.
O simpático personagem foi escolhido como mascote por representar bem as tradições da equipe mais antiga do Paraná. Ele concebe às origens do Coritiba, é a alegoria perfeita do Coxa antigo, uma entidade que cativou e conquistou o país, assim como o Clube que representa.
Mas o mascote só passou a ser oficial a partir de 1957. Saiba mais sobre a históra:
Facilmente reconhecido pela maioria dos torcedores, poucos sabem que a mascote do Coritiba representa um personagem real, o velho Max Kopf, torcedor-símbolo da equipe alviverde na primeira metade de sua gloriosa história.
Nascido na Alemanha em 3 de março de 1875, Kopf, que em alemão significa cabeça, era fotógrafo profissional e acompanhou o Coritiba desde a sua fundação em 1909. Nunca fez parte de nenhuma diretoria porque não gostava de envolver-se na administração do clube, mas sempre estava presente nos jogos, incentivando os atletas coritibanos. De suas três filhas, uma decidiu viver no país de origem do pai, mas as outras duas, Elvira e Erna, permaneceram no Brasil e fizeram parte do Grêmio Coritiba, um grupo de torcedoras que eram conhecidas pela dedicação ao clube e, entre outras coisas, confeccionaram a primeira bandeira alviverde. Elvira casou-se com Juan Luís Bermudes, centromédio coritibano mais conhecido pelo apelido Ninho e considerado um dos mais completos atletas da história do Coritiba. Este casamento deu a Max Kopf os netos Osny e Marli Bermudes.
Uniforme (Oficial CBF 2016)
Figura carismática, extremamente simpático, alegre e comunicativo, Max Kopf morava na Rua Mauá, a uma quadra do campo do Coritiba, e não faltava a nenhum jogo. Considerado uma espécie de amuleto do time alviverde, quando chegava ao estádio era saudado efusivamente por amigos e torcedores. Quando a equipe viajava, os atletas pediam que Max fosse levado junto no ônibus. Fumante inveterado, Kopf estava sempre acompanhado de seu inseparável cachimbo e, depois de sofrer um derrame, mesmo com o médico e os familiares tentando impedi-lo de sair de casa, continuou indo aos jogos do Coritiba com o auxílio de uma bengala.
Vítima de um câncer na garganta, Max Kopf faleceu em 2 de setembro de 1956. No mesmo mês, o então presidente do Coritiba, Aryon Cornelsen, promoveu um concurso de desenhos para eleger o que melhor representasse a nova mascote do clube, um velhinho com cachimbo. No final daquele ano, em dezembro, o Coritiba organizou um torneio entre os clubes da capital paranaense e, em mais uma homenagem, deu a ele o nome de Torneio Max Kopf.
Couto Pereira, foto abaixo, de branco
escolheu o escudo e o uniforme do Coritiba Foot Ball Club
Foto / Montagem / Edição : JF Hyppólito