Figueirense Futebol Clube - Figueira


A história do alvinegro iniciou com o sonho de um jovem desportista e um grupo de amigos, entusiastas do remo e do futebol, em criar um novo clube de futebol para a capital. No
início do século XX, esse jovem ousado passou a propagar entre seus amigos e demais simpatizantes do futebol a ideia justamente no momento em que o futebol de Florianópolis e região apresentava-se em declínio com o desaparecimento de algumas agremiações.

Determinação de Jorge Albino Ramos que nasceu o propósito de fundar o Figueirense Futebol Clube. O que não estava previsto na época é que o recém-fundado clube, mais tarde, pudesse se tornar o mais vezes campeão do estado e uma das forças do futebol brasileiro.

Seu primeiro passo foi conquistar a simpatia de seus conterrâneos e igualmente admiradores do futebol, que naquela época já contava com vários clubes no País, especialmente nas capitais dos principais estados. Os primeiros parceiros, que formaram um seleto grupo, foram: Balbino Felisbino da Silva, Domingos Joaquim Veloso e João Savas Siridakis.

Com dia e hora marcada para o encontro, em maio de 1921, o grupo que anteriormente se reunia para as costumeiras conversas sobre futebol, agora focava na criação do novo clube de futebol para capital. Com o cenário da Praça XV de Novembro, os bate-papos do dia a dia tinham em pauta decisões importantes como a escolha do nome para a futura agremiação, suas cores, sede, nomes e cargos da primeira diretoria.


Já no início de junho, João Savas Siridakis, mais conhecido como Janga, defendia a ideia de que o clube deveria chamar-se Figueirense. Defendia tal nome porque muitos dos encontros que tratavam da criação da nova agremiação aconteciam na localidade da Figueira, famosa árvore centenária do Centro da cidade, que certamente também colaborou para a inspiração de Janga. O grupo de parceiros também definiram o dia 12 de junho como a data que marcaria a fundação da nova sociedade esportiva.Com a data da fundação definida, o próximo passo foi dado por Ulisses Carlos Tolentino, amigo dos idealizadores, que ofereceu sua residência localizada na Rua Padre Roma para a realização do tão esperado encontro que trataria dos preparativos finais para a solenidade de inauguração. Na reunião, cada um acabou ganhando uma função, que tomaria as providências necessárias para a criação da nova agremiação. O livro onde seria redigida a ata de fundação foi prontamente providenciado por Balbino Felisbino da Silva, cabendo a Jorge Ramos, Domingos Veloso e Janga convidarem os demais participantes do encontro além de, em conjunto com o anfitrião Ulisses Tolentino, estabelecer o horário das 19 horas para o início da reunião.

A formação da primeira diretoria aconteceu antecipadamente, com uma reunião preparatória no dia 11 de junho, na barbearia de Jorge Ramos, então situada na esquina das ruas Pedro Ivo com Conselheiro Mafra. Foi nessa mesma reunião que aconteceu a adesão de João dos Passos Xavier ao grupo. Xavier, que após tomar conhecimento do movimento para fundação de uma equipe de futebol e das pessoas que lideravam tal intento, prontamente acolheu a ideia. O recém-chegado João dos Passos Xavier logo foi convidado pelo grupo para assumir uma posição de destaque, já que segundo decisão do grupo, o cargo de presidente estava reservado a ele. Feito o convite, a resposta foi afirmativa.



Após definidas as atribuições e nomeado o futuro presidente, chega o tão esperado dia da reunião na residência de Ulisses Tolentino, que daria início à fundação do glorioso clube alvinegro. Com muita motivação e na hora marcada, por volta das 18h30min, os primeiros participantes chegavam à reunião que contou com a presença dos senhores: João dos Passos Xavier, Ulisses Carlos Tolentino, Heleodoro Ventura, Higino Ludovico da Silva, Jorge Albino Ramos, Balbino Felisbino da Silva, Domingos Felisbino da Silva, Bruno Ventura, Jorge Araújo Figueiredo, Domingos Joaquim Veloso, João Savas Siridakis, Carlito Honório Silveira da Silva, Leopoldo Silva, Raimundo Nascimento, Pedro Xavier, João S. Manoel Xavier, Alberto Moritz, Delgídio Dutra Filho, Agenor Póvoas, Joaquim Manoel Fraga, Pedro Francisco Neves e Walfredo Silva.

O domingo de outono do dia 12 de junho fica então marcado na história do Figueirense pelo acontecimento da reunião que deu início à fundação da sociedade batizada de FIGUEIRENSE FOOT BALL CLUB.

Coube a Jorge Albino Ramos presidir a primeira reunião, que escolheu por aclamação os seguintes nomes para compor a primeira diretoria:
Presidente: João dos Passos Xavier
Vice-Presidente: Heleodoro Ventura
1º Secretário: Balbino Felisbino da Silva
2º Secretário: Jorge Felisbino da Silva
1º Tesoureiro: Jorge Albino Ramos
2º Tesoureiro: Jorge Araújo Figueiredo
Orador: Trajano Margarida
Guarda Esporte: Higino Ludovico da Silva

Empossada a diretoria, o presidente eleito pelo grupo, João dos Passos Xavier, fez o uso da palavra, ressaltando a dedicação de Jorge Albino Ramos em liderar o movimento para a fundação do Figueirense F.C., no momento em que o futebol em Florianópolis apresentava-se em decadência com o desaparecimento do Grêmio Anita Garibaldi. Na oportunidade, agradeceu a Ulisses Carlos Tolentino por ter cedido as dependências de sua residência, enaltecendo a presença de numeroso grupo de simpatizantes.

Furacão
Como surgiu?

A primeira menção ao apelido Furacão surgiu em 1951, quando o Figueirense tornou-se campeão invicto no Torneio de Paranaguá. Na foto, a recepção do time que retornou do Paraná a bordo de um Douglas, da extinta empresa aérea Cruzeiro do Sul.



INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO ORLANDO SCARPELLI

A década de 1960 começou com grande alegria para o time alvinegro. No dia 12 de junho de 1960, dia em que o clube completava 30 anos de história, foi inaugurado parcialmente o Estádio Orlando Scarpelli, com a realização de um jogo amistoso entre Figueirense e Clube Atlético Catarinense.

Neste período o Figueirense já apostava nas divisões de base, e formava um bom elenco juvenil. Tanto que, em 1961, os meninos alvinegros tiveram uma ótima performance ganhando de forma invicta o campeonato da cidade. A superioridade se mantém e dois anos depois, conquistam o Tricampeonato Juvenil de Futebol.

Os resquícios de dívidas financeiras de 10 anos de construção do Orlando Scarpelli prejudicaram a performance nos campeonatos da década de 1960. Mesmo assim, o Figueirense sagrou-se campeão de dois Torneios Início – 1961 e 1962 – e do Campeonato da Cidade, em 1965.



Foi nos anos de 1960 que Santa Catarina teve o primeiro álbum de figurinhas só com estampas e ilustrações de clubes e atletas do estado. O objeto de colecionadores era comum entre os clubes nacionais, mas o time de 1962 do Figueirense formado por Jocely, Demi, Trilha, Bezerra, Bibe, Adão, Wilson, Ronaldo, Fernando, Sérgio e Zeca ficou marcado para sempre na história do futebol catarinense.

Na década de 1960 presidiram o Figueirense: Humberto Machado, Heitor Ferrari, Rui Saquete Pacheco, Ladir Pedro Cherubini, Manoel Carlos dos Santos, Carlos Ângelo Fedrigo, Nivaldo Machado e Valdir Machado.

Os presidentes do Conselho Deliberativo foram: Charles Edgar Moritz, José Leal de Meirelles, Thomaz Chaves Cabral e Humberto Machado

O maior artilheiro neste período foi: Ronaldo, com 56 gols. E os jogadores que mais vestiram a camisa do Clube foram: Wilson (209 jogos) e Zezinho (140 jogos).

Mascote




Presente no hino oficial e utilizado espontaneamente pela torcida, o clube resolveu então criar o mascote Furacão, apelidado pela torcida de Furacão do Estreito.





Evolução das Insígnias

A partir de 1921, a história do Figueirense Futebol Clube começou a ser construída. Junto dela, foi criada e instituída a primeira insígnia que estamparia no peito o escudo, tornando-se mais tarde motivo de orgulho para milhares de alvinegros. É interessante observar que, ao longo dos anos, a insígnia ganhou diferenciadas versões conforme a evolução da história do clube, tanto no formato e desenho, quanto na tecnologia do material utilizado.




Fonte: www.figueirense.com.br Fotos Google pesquisa / Montagem e Edição: JF Hyppólito